Esse vinho recebeu uma nota bem alta do crítico Robert Parker – 92 pontos.
A pontuação, que vai até 100, é a mais conhecida no mundo do vinho e os que recebem acima de 90 pontos, segundo o crítico, são vinhos excelentes. Sempre digo que temos que respeitar o nosso próprio gosto e que as pontuações servem somente para nos balizar, mas é interessante ficar sempre de olho, para saber também o que os críticos estão gostando (ou não).
Mas falando do vinho, esse é produzido na região de Agrelo, em Luján de Cuyo, Mendoza (Argentina). É uma região bem quente e que tem um terroir bem propício para o desenvolvimento de bons vinhos. Pude comprovar isso quando estive por lá, mas infelizmente por falta de tempo, não pude visitar a Nieto Senetiner. Farei isso da próxima vez, com certeza.
A Bonarda é uma uva que por muito tempo foi utilizada somente para cortes e que fico contente que tenham descoberto que dá para fazer vinhos varietais com ela. Gosto muito dessa cepa e acho que dá vinhos ao mesmo tempo elegantes e encorpados, fortes. E o Nieto Senetiner Bonarda Ed. Limitada 2008 é exatamente assim: elegante e forte ao mesmo tempo.
Tem bons aromas, que vão se soltando aos poucos, com detalhes de frutas vermelhas e negras bem integrados com os aromas que vieram da barrica. Tem também um pouco de aromas de especiarias, que deixa o vinho ainda mais interessante.
Na boca ele é muito marcante, com taninos e acidez que não deixam você ficar sem percebê-los. O vinho está jovem e pode ser guardado por um bom tempo ainda, mas se você resolver beber agora (nem sempre a gente consegue esperar tanto tempo) sugiro que seja acompanhando carnes fortes e temperadas com especiarias e até pimenta, ou então com um bom churrasco. Pode ir que ele agüenta com certeza.
Eu não costumo dar notas para os vinhos (decisão pessoal e nada contra quem dá), mas dessa vez o que eu posso dizer é que eu concordo com o Parker. O vinho é realmente excelente.
Um abraço
Daniel Perches
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