Loios Tinto 2008

Certos produtores são realmente muito bons e merecem nossa atenção. Já comentei sobre alguns que me encantam, como a Bodegas Callia e Catena Zapata na Argentina, Concha Y Toro no Chile e agora, o João Portugal Ramos, em Portugal.

O motivo é simples: desde os vinhos mais básicos até os tops, eles são todos muito bons. É claro que cada um tem uma proposta diferente (e valores bem diferentes, diga-se de passagem), mas não deixam de ser bem produzidos, nos trazendo um grande prazer ao beber.

E posso dizer então que o Loios é um deles. Produzido com as castas Aragonês, Trincadeira e Castelão, é um vinho muito saboroso e fácil de beber. Produzido no Alentejo, é um vinho que não passa por madeira. Sua fermentação é feita em tanques de inox e depois é engarrafado.

Em taça, mostrou uma coloração rubi bastante viva e até mais leve do que os tradicionais vinhos portugueses. No nariz, aromas de frutas vermelhas frescas e um caráter vegetal bem interessante, lembrando grama e terra molhada, mas bem de leve.

Em boca, boa acidez e taninos redondos. Seu final é curto, mas agradável. Não me pareceu sobrar álcool. Após algum tempo de garrafa aberta, o vinho ainda melhorou um pouco, mas nada expressivo. É realmente um vinho para se abrir e beber, sem necessidade de aeração.

É sem dúvida um ótimo vinho para o dia a dia, não só pela sua qualidade como pelo seu preço. Na Casa Flora (importadora) está em torno de 30 reais. Vale a pena comprar e provar.

Um abraço

Daniel Perches

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