Carmín de Peumo, o Carmenere top da Concha Y Toro


Eu não me canso de me impressionar com a Concha Y Toro. Não só por ser a maior do mundo, mas por fazer bons vinhos em diversas linhas, desde os mais básicos (exceto o Reservado, que eu acho que eles poderiam se esforçar mais) como o Casillero del Diablo até os vinhos mais tops, como o Carmín de Peumo, por exemplo.

Estive lá e provei vários vinhos da linha Terrunyo, que também comentarei em breve, pois são excelentes e pude fazer uma mini=vertical de Carmín de Peumo. Foram 3 safras – 2005, 2007 e 2008 provadas e aprovadas. O vinho realmente merece o título de “um dos melhores vinhos do Chile” e recebe sempre grandes pontuações do famoso crítico Robert Parker, que chegou a dar 97 pontos para uma das safras.

A base do Carmín de Peumo é a Carmenere, plantada em Peumo, que é uma região propícia para essa uva. Lá eles colhem a uva lentamente, para que não fique nem verde, dando aqueles vinhos com aromas de folhas, herbáceo, e nem muito maduras, ficando aquele aroma de geléia de goiaba, que também enjoa facilmente, segundo Ignacio Recabarren, o enólogo responsável pelo projeto e um dos mais conhecidos e reconhecidos do Chile. O cara é realmente muito bom e entende muito de vinho, além de ser uma figura. Gostei muito dos 3 vinhos e beberia qualquer um deles muito feliz, mas já que temos que fazer os comentários, e as vezes a comparação é inevitável, aí vai:

Carmín de Peumo 2005
Toques de grafite, fruta delicada, leve balsâmico. Na boca o álcool parece que vai pegar, mas vai embora bem elegante. Foi o ano mais quente dessas três safras provadas, fazendo com que o vinho torne-se mais alcoólico, mas menos doce. Tem 7% de Cabernet Franc e 7% de Cabernet Sauvignon na composição.

Carmín de Peumo 2007
Um pouco mais doce, mas ainda muito elegante. Não tem nada de arestas. Mais aberto. Também tem um pouco de Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc na mescla.

Carmín de Peumo 2008
Parece que vai se abrindo na taça com o tempo (mas é tempo mesmo, precisa de horas), mas o final é o mais curto.
Ano mais frio, com menos álcool e mais doce, porque colheram as uvas mais tarde. Também têm Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, mas em pequenas proporcões (em torno e 7% cada um).

O Carmín de Peumo não é um vinho barato. Aliás, pelo contrário, pois você vai pagar em torno de 400 reais por uma garrafa.Se vale? Bem, aí você que vai ter que decidir. O conceito é amplo e cada um tem um bolso diferente. Como disse, eu beberia novamente e ficaria muito feliz, mas teria que antes juntar uma graninha. Talvez valha a pena comprar numa viagem ao Chile.

Um abraço

Daniel Perches


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